Nerd no Cinema.: Uma pequena análise de "Jogos Vorazes: Em chamas"
O segundo filme da trilogia "Jogos Vorazes", chamado de "Jogos Vorazes: Em chamas", estreou há pouco tempo, mas já é um sucesso absoluto de bilheteria em diversos países. Muitos não perceberam, mas essa é mais uma daquelas trilogias que se transformaram em uma sequência devido ao sucesso do primeiro título. Felizmente, Jogos Vorazes: Em chamas manteve a mesma fórmula de sucesso do primeiro filme da série Jogos Vorazes e aquele é tão bom quanto esse.
Como sempre fazemos em nossas análises, utilizarei o mesmo padrão de pontuação que temos adotado para os posts com a tag Nerd no Cinema, ou seja, vou abordar os cinco pontos principais e a nota final irá variar de 0 (péssimo) a 5 (excelente).
História (0,7/1)
Jogos Vorazes: Em chamas traz o famoso torneio anual protagonizado por tributos, logo após Katniss Everdeen e Peeta Mallark terem sido considerados os vencedores do torneio do ano anterior, a 74ª edição dos Jogos Vorazes. Para promover o torneio, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e Peeta Mallark (Josh Hutcherson) seguem em uma turnê pelos 12 Distritos que ainda existem ao redor da Capital, contando como estão felizes juntos, como o torneio mudou suas vidas e como eles são gratos à Capital pela oportunidade (#sqn) etc, tudo muito teatral, é lógico. No entanto, a população dos Distritos começa a ver Katniss Everdeen como um exemplo, uma ponta de esperança em um possível levante contra a Capital. Isso se explica pelo ato de Katniss Everdeen no final da 74ª edição dos Jogos Vorazes, onde essa propôs a Peeta Mallark que os dois comessem amoras venenosas e morressem juntos, já que só poderia haver um vencedor do torneio. Como os dois foram considerados vencedores, a população dos Distritos entendeu que esse ato de afronta à Capital, protagonizado por Katniss Everdeen, na verdade, foi um ato de esperança, pois mostrou a eles que era possível se opor aos mandos e desmandos da Capital.
É claro que o presidente da Capital, Snow (Donald Sutherland), não estava muito disposto a pagar para ver e decidiu investigar se Katniss Everdeen estava mesmo apaixonada por Peeta Mallark. Ao descobrir que era tudo uma farsa, uma estória para que a dupla conseguisse vencer a 74ª edição dos Jogos Vorazes (algo que fica bem claro no primeiro filme da trilogia), Snow começa a ver Katniss Everdeen como uma ameaça e a obriga a interpretar o papel de apaixonada durante a turnê de visita aos 12 Distritos para tentar conter as tentativas de levante contra a Capital.
Não conseguindo alcançar o objetivo pretendido, Snow muda as regras do torneio Jogos Vorazes e é aí que o filme se desenvolve, de fato. A história é bacaninha, mas não é muito original. Pelo primeiro filme, é possível prever alguns dos acontecimentos principais de Jogos Vorazes: Em chamas, ou seja, torna alguns pontos relativamente previsíveis. Isso não quer dizer que o filme perde a sua magia, e sim que faltaram elementos menos dedutíveis.
Trilha Sonora (0,3/1)
Apesar de o grupo Coldplay ter feito uma música especialmente para a trilha sonora do filme, esta, na minha humilde opinião, ficou um pouco fraca. Como o filme tem muita ação e, também, muitos momentos de reflexão e conversa entre os personagens, acredito que a trilha sonora foi um pouco negligenciada. Diferentemente do que se vê em filmes como Guerra Mundial Z, Matrix etc, onde as músicas agregam absurdamente ao enredo e às cenas do filme, em Jogos Vorazes: Em chamas a trilha está mais para um pano de fundo, e bem sem graça.
Fotografia (1/1)
Simplesmente, um dos melhores pontos do filme. As cenas que mostram os Distritos possuem cores pálidas, praticamente neutras, mostrando bem o ar de insignificância dos Distritos em relação à Capital. Em contrapartida, cores vivas e vibrantes marcam as cenas onde a Capital é mostrada (principalmente durante os shows de apresentação dos tributos). Em termos de cenário e composição, tudo ficou muito realista e bonito de se ver. O ar sombrio do campo onde os jogos acontecem também colabora com o tom dramático e o clima de suspense do filme.
Enredo (1/1)
O filme é claramente dividido em duas partes: preparação e ação. O enredo se desenvolve bem depois da primeira hora de filme; sim, os primeiros 60 minutos são apenas preparatórios para o verdadeiro desenrolar da trama. Na minha opinião, poderia ter um pouco mais de ação no início, mas isso não é nada que faça o início do filme se tornar chato ou cansativo. Como já disse, a trama ganha vida a partir da segunda hora de filme, onde os testes preparatórios para os jogos, entrevistas, treinos etc, introduzem o início dos jogos. Acredito que esse pedaço poderia ser um pouco maior, usando um pouco do tempo do início do filme, mas tudo bem.
A parte dos jogos é de pura ação e acontecimentos bombásticos ocorrem um pouco antes de eles começarem. Nesse segundo filme, os personagens ficam mais em evidência que no primeiro (acredite se quiser) e o telespectador é pego por algumas surpresas interessantes (que com um pouquinho de perspicácia por parte da pessoa, é possível serem deduzidas). Sim, muita gente morre; sim, várias pessoas são salvas; sim, várias pessoas quase morrem; sim, coisas bizarras acontecem!
Resumindo, o enredo se desenvolve, de verdade, a partir da segunda hora de filme e pouco acontece, de fato, durante a primeira hora, mas dei nota máxima porque ele se desenrola de forma linear (sem quebras), tanto na parte preparatória quanto na parte de ação.
Maquiagem e efeitos especiais (1/1)
Se no primeiro filme da trilogia Jogos Vorazes os efeitos especiais e a maquiagem já eram bacanas, em Jogos Vorazes: Em chamas a equipe de produção conseguiu se superar. Destaques para a mesa digital da central de controle do campo de batalha, os efeitos holográficos do espaço de treinamento, as interações com o ambiente ocasionadas por comandos enviados através da mesa digital da central de controle e outros. As maquiagens dos personagens que, assim como no primeiro filme, fazem parte da composição do filme e refletem a ideologia dos padrões adotados pelos figurões da capital, foram muito bem elaboradas e, de certa forma, transmitem a personalidade de cada personagem. No geral, as maquiagens de cortes, sangue, sujeira, queimaduras etc, também são bem feitas e, em nenhum momento, o telespectador tem a impressão de que o sangue, por exemplo, é feito de catchup.
Nota Final (veredicto): 4/5
Sem sombra de dúvidas, é um bom filme! Vale a pena ir ao cinema para assistí-lo, principalmente por causa do clássico som surround!
Bônus! xD |
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